terça-feira, 8 de novembro de 2011
Poeta ou Musa
Poeta ou Musa
Arte: Luiza Nogueira Maciel
Onde há poesia
No coração sensível do poeta
Ou na docilidade inspiradora?
Seriam os olhos que projetam embelezamentos
Ou a musa a reveladora
Dos encantamentos?
São cupidos pelos cupidos
Os adereços do coração
Ou os segredos do feminino
Que tecem o sentir da emoção?
Seriam os poemas instrumentos
Ou os sentidos floridos?
Eis a questão
O poeta quem poetiza
Ou a musa quem conquista?
Simplesmente
Paixões fluem
São polens
Mineirim das Gerais
07/11/2011
19:00
sábado, 5 de novembro de 2011
Vivo por ela
Seja bem-me-quer
quinta-feira, 27 de outubro de 2011
Entreflorido por encantos
quinta-feira, 20 de outubro de 2011
Nem sempre...
Nem sempre...
Mineirim das Gerais
20/10/2011
01:16
http://letras.terra.com.br/oswaldo-montenegro/1934063/
sábado, 15 de outubro de 2011
SOLTO EM RIMAS
quinta-feira, 13 de outubro de 2011
Dialogando com um adolescente criado com xodó e com alienação parental
Sinto-me assim, Passar-im!
domingo, 9 de outubro de 2011
Deus > d ' Eus
Wellington Bernardino Parreiras
D´'eus estou farto, agora repouso meu fardo e experencio intensamente o Espírito em Deus, enquanto desato os nós!
Mineirim das Gerais
09/10/2011
23:04
Is Bella * O Sagrado nos manifesta singularmente, mas, saiba que sua verdade nos edifica por meio de orações silenciosas contidas em cada gota de lágrima. Em meu caso, ainda que haja nelas apenas o lacrimejar, por mais que os olhos estejam secos, o corpo enxarca-se pelos prantos acumulados. Cada qual com seu chorar desencadeia um desabrochar interiorano significativo e sagrado.
Mineirim das Gerais
09/10/2011
23:17
domingo, 18 de setembro de 2011
Entre florindo querubins
Entre florindo querubins
Ali entre seus doces olhares e seu sorriso arco-íris
Sinto o vôo do beija-flor
Valsar por entre jasmins
Em busca do néctar do verbo amor
Íntimo de uma jovem e bela flor
Sua docilidade jardim
És o que a percebo diante de mim
Em sua fotografia
Contemplo toda sua geografia
Latente a florir
Entre florindo querubins
Com notas sutis
De sua voz
De repente desperta o girassol
Em dias sem sol
Tal qual a nós
Mineirim das Gerais
18/09/2011
13:52
Entrego-te-a-ei contas de rosário secas
Entrego-te-a-ei contas de rosário secas
Tua natureza meio despida despe minha quietude
Excita um ensaio de plenitude
Entregue às imagens sacio
Com as gotas picantes o cio
Curso a sedução sobre sua pele
Sem pressa reverencio a camisola
Não importo com os ponteiros, faço-me hora
Sua meia 7/8 em meus tatos me lança de joelhos
Entrevejo
Pauso por engano, julgo-me profano
Constato que as nuvens em minhas mãos
Eram frutos de ilusão
Entrego-te-a-ei contas de rosário secas
Sem receios que nu perca
Os gélidos respeitos
Os lábios em seus seios
Eis o que no instante desejo
Minimamente entre beijos
Encontrar acolhida em seu umbigo
Alçar vôos de beija-flor
Pousar no verbo
Ouvir soltos
Mur-mú-ri-os
Entre coxas o néctar
Sentir pulsar
No oceânico
Gozar
Ir a-mar
Adentro
Não mais bento
Mineirim das Gerais
18/09/2011
00:31
sábado, 17 de setembro de 2011
Via Única
quinta-feira, 15 de setembro de 2011
Estou de luto, puto exacerbado
Estou de luto, puto exacerbado
Recordo que quando adolescente e no fluir de minha juventude nas mídias eram noticiados suicídios, pelo menos em Belo Horizonte, o tempo esvai e juntos esvaímo-nos em conformidade as correntes evolucionistas e desenvolvimentistas da sociedade e por haver um controle social exacerbado, novas culturas dissimulam e nos dissimulamo-nos em fina sintonia, mas a que preço? O Mundo e as pessoas vão muito bem obrigado, indicadores negativos nos rebaixariam moralmente ao primitivismo. Criamos uma sociedade falsa porque somos pessoas falsas que medrosas evitamos os bastidores de nossas atuações nas esferas sociais, PORRA UMA PESSOA SUICIDOU, PORRA OUTRA PESSOA SUICIDOU, PORRA OUTRA, OUTRA, OUTRA, OUTRA, OUTRA, E OUTRA QUE É TÃO PRÓXIMA A TI, SUICIDOU COM A PROFUNDA DEPRESSÃO, COM O VÍCIO DE DROGAS, ASSASSINATOS, E POR AÍ VAI...
Uma singela homenagem para Cris Tupinambá ex-universitária da Faculdade de Educação da Universidade do Estado de Minas Gerais, o universo dos homens perdeu uma Pedagoga e os céus e os ancestrais do Tupinambá resgataram uma mulher-menina e Pedagoga.
Estou de luto, puto
Por tantas idas sem destino
Por tantas obras do destino – sociedade –
Puto, estou de luto
Estourou
O estopim de gente semelhante a mim
Flashes volta e meia soam um sim
Quais sinos sem querubins
Rondam-me vozes suicidas
Pesam páginas em branco
Vidas se fazem pranto
Em dias cinzas
Por instantes sinto-me suicida nômade
Margeio as correntes
Com os pulsares distantes
Latente
Lá entende
La-ten-te
Ei psiu,
Tente
Sente
É gente
Mineirim das Gerais
14/09/2011
23:49
quarta-feira, 7 de setembro de 2011
Seja Zé, Maria ou João
Seja Zé, Maria ou João
Tenho sentimentos de um Brasil fantasia
Tenho uma expectativa comum,
Sou ainda herança
Por gerações inicia-se doce esperança
Em seguida privam o seio à criança
Ao adolescer nu
À Cida hão de dar pão
Ah, se dá-dão, roubam-lhe o feijão
Macunaíma, forte identidade
Ingênua brasilidade
Em toada seguem à politicagem
Nas entrelinhas da sacanagem
Despatriotas
Roubam-lhes as notas
Dos compassos do pseudo cidadão
Seja Zé, Maria ou João
Mineirim das Gerais
07/09/2011
23:50
Coldplay - The Scientist (Legendado) - YouTube
Expectativas Vãs
Em se tratando de relacionamentos que se acabam ou encontram-se a deriva, não acredito que voltar ao começo seja possível, porque os erros ou os pecados passados serão sempre elementos infernais, fantasmas. O casal gradeia-se entre o presente e a possibilidade improvável de um futuro ancorado em momentos bons tidos no passado, acredito que isso não seja suficientemente raiz para reflorescer os jardins contidos nos corações tanto da mulher quanto do homem.
Mineirim das Gerais
07/09/2011
02:06
segunda-feira, 5 de setembro de 2011
:: “Eu mergulhei nos teus beijos quando abri o cofre da minha ilusão”::*
Escritos de Alice
Terça-feira, Fevereiro 08, 2011
:: “Eu mergulhei nos teus beijos quando abri o cofre da minha ilusão”::*
Ana desenha para passar o tempo, possui um pequeno negócio e é ávida amante de comidas frugais e vinhos brancos. É uma mulher extrovertida, engraçada e irônica, uma combinação agradável se somada a sua meiga face e seu sorriso fácil. Pedro luta Krav Magá, tem aversão a beterrabas [trauma de infância] e adora uma comida bem temperada. Eles se conheceram há aproximadamente 3 meses na turma de culinária internacional II, curso que fazem nas noites das quintas-feiras. Solteiros, em certa medida carentes, não demorou muito para que começassem a sair.
O viço da sedução em seu ápice faz com que se sorvam como se sorve água após uma maratona. Enfrentam-se com urgência, com olhos enfermos e transformam qualquer lugar em agreste. Pedro é um amante dedicado, atento aos mínimos detalhes da latência de um corpo. Ela o ouve e o segue docilmente. Para eles, o entardecer é visto como um chamado para que seus corpos sejam tocados, é quando suas mãos delineam coxas, peitos e perfumes.
No entanto, esses dois, desprovidos de força e de escuridão, às vezes, traçam conversas honestas e biliosas. A última provocou em Ana uma boa catarse, tanto que ao final mal conseguia esconder seus gemidos.
Há alguns anos, pessoas mais próximas e amigas escutam de Ana a seguinte frase: “não quero mais um namorado, quero um amor.” Dramatizações a parte, essa sentença apresenta uma de suas verdades. Pensando e se guiando por essa afirmação, ouviu domingo da boca de Pedro a seguinte colocação: “nós temos um relacionamento, mas não somos namorados.”
Palavra?
Imersa em si mesma, rememora as poucas semanas ao lado dele, a surpresa deixada no armário que causou um abafamento e um enorme sorriso, frases carinhosas ao longo dia que encabulam e desconcertam, sms provocativos que a umedecem, conversas deliciosas que só de ouvir a faz experimentar um êxtase divertido, passeios a museus e idas ao cinema transformadas em contemplação.
Ela se assombrou. Aquelas lembranças a conduziram a uma constatação que tomou conta de seu corpo. Febre. Tirou os sapatos, buscou contato imediato com a superfície. Uma serpente subiu pelo seu corpo e entregou-lhe o conhecimento. Aproximou-se da janela do quarto, apoiou-se delicadamente. Naquela noite, contemplou um céu urbano, frio e sem estrelas em agradecimento. Agradeceu por não viver as cobranças insensatas, por não presenciar a mendicância do afeto, por não ter que tentar estabelecer diálogo com alguém colérico em devaneio, agradeceu por ser livre, por vivenciar pitadas de amor, de delicadeza, de alumbramento, de tremedeira, de vontade. Pensou: Pedro, não namore assim comigo todos os dias. Deixe-me sempre em azeitoso espasmo.
Ana e Pedro não namoram, não vivem a rotina translúcida e opaca, não tem rótulo, mas se beijam muito. Ana e Pedro se (re)(des)encontram.
* verso retirado da música Beijos, de Cartola.